De 4 a 24 Fevereiro de 2022 - BNP, Depósito Legal: 498262/22
Título: Gil Vicente Auto da Lusitânia (1532)
Sub.título: ...Sobre 'Jubileu de Amor' (1531)
Dim. 170x240 mm. Pag. 120 (texto da peça completo)
(Com edição distribuída em PDF)
- O Auto da Lusitânia constitui uma das pontas para descodificação das peças de Gil Vicente. Nesta obra o Autor mostra como devem ser apresentadas ao público todas as suas peças. Abre os segredos da 'linguagem dos deuses', a linguagem de Hermes…
A Construção da Ironia - em 'Todo-o-Mundo e Ninguém' constitui o núcleo essencial do Auto da Lusitânia onde, no todo da peça, se expressa o usufruto e luta pela Liberdade de Pensamento e sua Expressão.
Ansiosamente procurada por investigadores, a presença do pensamento de Desiderius Erasmus Roterodamus, Erasmo, nas obras de Gil Vicente, surge nos autos logo após as primeiras publicações polémicas do religioso retórico de Roterdão.
Contudo, Gil Vicente faz fortes críticas a muitas das suas ideias, colocando-se sempre bem acima das ideologias e das acções que a partir delas se desenvolvem.
Erasmo é Cupido, como o seu nome indica, e está presente em Frágua de Amor, Nau de Amores, Jubileu de Amores.
De início, está em São Martinho, em Alma, em Rubena, etc., e, Floresta de Enganos, com uma forte crítica, presta-lhe uma última homenagem, mas está também presente em muitos outros autos.
O gram juízo esperando
jazo aqui nesta morada
também da vida cansada
descansando.
Pregunta-me quem fui eu,
atenta bem pera mi,
porque tal fui como a ti
e tal hás de ser como eu.
E pois tudo a isto vem,
ó leitor de meu conselho,
toma-me por teu espelho,
olha-me, e olha-te bem.