Observações...
Enfrentámos a proposta de apresentar os resultados dos nossos estudos da época (cultura, literatura, etc.), da nossa pesquisa e investigação científica, na forma de sinopses dos autos de Gil Vicente, a par da sua listagem ordenada na datação correcta e dados históricos, em suma todo o trabalho mais árduo. Ora, não devendo nada ao país, nem a Fundações ou outros organismos, nem a ninguém, optámos pelo seu adiamento constante enquanto se mantiverem as condições em que trabalhamos.
Decidimos fazer o que já afirmámos, publicaremos aquilo que tivermos tempo de passar a escrito. Apresentando os Autos de uma forma tão completa quanto possível, de modo a serem entendidos por clarividência, podendo haver sinopses de outras obras, mais ou menos completas, conforme se torne necessário para a compreensão do Auto que estiver a ser analisado. Foi o que fizemos com o Auto da Alma (parte de Floresta de Enganos), com o Velho da Horta (sinopse completa de Sibila Cassandra), com Visitação (sinopses de algumas peças de Juan del Encina, da Égloga de Francisco de Madrid) e, com a Carta de Santarém de 1531, onde, como um exemplo, antecipámos uma primeira análise do Auto da Índia.
Decidimos que para o que não houver tempo na nossa vida, e não haverá nem para uma pequena parte, (seja aqui no jardim seja na cochichina), alguém ficará com a tarefa de prosseguir este trabalho agora iniciado, 500 anos depois de Gil Vicente...
O Trabalho de Gil Vicente
Na sua própria obra encontramos a descrição mais sintetizada de todo o seu trabalho de autor dramático. Estes versos retratam todo o trabalho de Gil Vicente, a referência ao outro desmazelado do teatro é significativa - ou mesmo propositada - quanto à informação que o autor pretende transmitir: a referência ao seu trabalho de Teatro.
a História figurada em drama...,
assim de minha fantasia,
segundo vi o passado
e a mudança que via.