E pera declaração
desta obra santa et cetra...,
quisera dizer quem são
as figuras que virão
por se entender bem a letra.
                                            Gil Vicente
  ... em  Romagem dos Agravados.
Gil Vicente
   Renascença e Reforma - Líderes políticos e ideólogos - Ideologia e História da Europa
Online desde 2008 - Investigação actualizada sobre as obras de Gil Vicente.
Retórica e Drama - Arte e Dialéctica
Teatro 1502-1536
o projecto
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Biografia de Gil Vicente
Não se conhece nenhuma imagem que represente Gil Vicente.
Não se conhecem os seus ascendentes familiares.
Não se conhece a data nem o lugar do seu nascimento.
      
    Em geral tem-se inventado uma biografia (uma localidade e até um ano para o seu nascimento) que se propaga por conveniência obscurantista, inconsciência ou falta de brio científico.
      O que melhor se conhece da biografia do autor, consta dos autos onde Gil Vicente apresenta a realidade de um modo figurativo. Além desta forma de apresentação da sua autobiografia, existem documentos que o referenciam na Corte portuguesa no exercício de diversas actividades, e só estes documentos e os dados sobre os seus familiares, sobretudo descendentes, constituem, até hoje, provas biográficas fidedignas.
      
       Num breve resumo, do que se pode concluir da obra do dramaturgo, é que terá nascido entre 1457 e 1466/7 — e mais provavelmente entre 1461 e 1466/7 — dado que o único auto conhecido em que refere dados sobre a sua idade é o Auto da Festa e, no momento em que apresenta o auto, ou no tempo da acção do Auto, teria passado já dos sessenta anos de idade. Seria portanto mais velho que o rei Manuel I de Portugal em, pelo menos, dois anos.
       Um resumo da sua biografia é dada pelo autor no Auto da Lusitânia, que até agora se tem considerado como brincadeira, contudo, na verdade não será uma brincadeira, mas uma forma figurada do que o autor considerou ser a sua vida.

Sobre a biografia de Gil Vicente

Homenagem ao historiador de Gil Vicente - Braamcamp Freire

    Sobre o início e fim da obra que nos deixou escrita, sabe-se que está entre 1502 e 1536, datas que marcam o primeiro e o último dos seus autos. Dele foi criada uma biografia e uma origem cultural.  Ao contrário, Anselmo Braamcamp Freire foi, sem dúvida, o historiador que mais estudou a biografia de Gil Vicente, o seu maior trabalho foi publicado com o título: Gil Vicente trovador mestre da balança.

 

 

Sobre as ditas "assinaturas"

deve ler-se:

(Setembro de 2019)

 

Gil Vicente,

nome de um Ser singular

… de Noémio Ramos 

 

Publicado em Outubro de 2019, em:

 

Gil Vicente Auto das Barcas

Inferno - Purgatório - Glória

 

anselmo braamcamp freire
Anselmo Braamcamp Freire

...de salientar a sua obra:
Gil Vicente, Trovador, Mestre da Balança

        Pouco, ou quase nada, se sabe sobre a vida de Gil Vicente. No início do século XX, alguns investigadores procuraram, pela documentação existente (pelas raras referências ao autor dos autos), estabelecer os dados mais correctos da sua biografia.
        Apesar dos muitos textos produzidos sobre o assunto, a grande maioria das publicações não passam de fantasias "patrióticas", algumas publicadas mesmo em revistas de referência (Revista Lusitana) e por eminentes docentes das Faculdades de Letras.
        Contudo, os dois investigadores que procederam de modo científico, com base na documentação, não tiveram relação com os estudos universitários, referimo-nos ao General Brito Rebelo e a Anselmo Braamcamp Freire (político republicano, eleito para presidente da Câmara Municipal de Lisboa ainda durante a monarquia, deputado durante os primeiros anos da República com consistente acção política). A Torre do Tombo e alguns outros arquivos foram o seu campo de pesquisa...
         Foi Braamcamp Freire que se destacou e nos deu a maior contribuição para conhecer a biografia de Gil Vicente. As suas publicações foram condensadas na obra "Gil Vicente trovador, mestre da Balança", cuja segunda edição, corrigida, foi publicada em 1944. Até hoje, em termos científicos, não se encontra publicado nenhum outro trabalho sobre o assunto, como também afirma o Professor José Camões da Faculdade de Letras de Lisboa.

        Por estes trabalhos científicos de B. Freire, sabe-se que Gil Vicente teria pelo menos cinco filhos: dois do primeiro casamento com Branca Bezerra, Gaspar Vicente, e Belchior Vicente; terá enviuvado e, do segundo casamento, com Melícia Rodrigues, terá tido três filhos: Paula Vicente, Luís Vicente (que em 1561-62 publicariam a sua obra) e Valéria Borges.
         Por Belchior Vicente, sabe-se que foi amigo pessoal do pintor Francisco Henriques (flamengo, estabelecido de longa data em Portugal) pintor (frequentador da casa do poeta e talvez colaborador) que trabalhou para o rei Dom Manuel I, e em Évora, morreu vitima da peste em 1519.

       Na sua obra B. Freire dá-nos conta da documentação existente (encontrada) e resolve todas as controvérsias sobre o indivíduo ao serviço da Corte portuguesa de nome Gil Vicente, demonstrando que os filhos do ourives são os filhos do poeta dramaturgo, e que, portanto, ourives e poeta são uma e mesma pessoa.
      Todavia, sobre a obra dramática, para além da minuciosa investigação sobre as personalidades citadas e de algum modo sobre certas datas, as suas interpretações literárias deixam muito a desejar, constituindo mesmo, apesar da enorme consideração pelo mérito do autor dos autos, uma "negação" da Arte e Literatura do Autor.

       Uma outra perspectiva da biografia de Gil Vicente é dada pela sua obra dramática, onde o autor se figura em algumas das personagens das suas peças, e sobretudo, no Auto da Lusitânia onde apresenta uma figuração da sua autobiografia, contudo, sem um conhecimento da realidade e, sem uma profunda compreensão de toda a sua obra, torna-se dificil uma leitura da realidade na construção metafórica dada pelo autor naquele Auto.

        Algumas das controvérsias resolvidas por B. Freire.

Um ourives
 

   ... um exemplo concreto de um ourives no século xvi:
      Benvenuto Cellini, uma das suas obras - das poucas como ourives -  um saleiro de ouro feito para Francisco I, o rei de França, é muitas vezes apresentada por maus historiadores da arte como um mau exemplo de design, por ser pouco prático comparado com os saleiros modernos.

      Pois inversamente, nós o consideramos um dos bons exemplos de design, do século em que foi feito: o saleiro não só era o centro de mesa, como devia qualificar a mesa e o senhor da mesa, devia ser de fácil localização para todos os presentes à mesa, ou para quem a ela se dirigisse, etc..

     Estas palavras servem também para se avaliar o saleiro e o ourives do Auto dos Almocreves.
    
     Cellini era na verdade escultor.
     Como todos os outros ourives ele era um artista plástico, que na época, tanto podiam ser escultores, como pintores, arquitectos, engenheiros, gravadores, mestres-de-cerimónias, promotores de desfiles, cortejos, triunfos, momos e até de teatro, como Brunelleschi.


Gil Vicente, ourives ou não?

     A questão de poderem existir duas pessoas com o mesmo nome, no mesmo local, ao mesmo tempo, actuando e interagindo com a mesma elite e dela auferindo o modo de vida, sem haver qualquer referência a isso, foi uma invenção dos universitários portugueses que ainda hoje confundem um ourives (escultor, artista plástico da renascença), com um ourives vendedor de ouro e joalheiro estabelecido com oficina própria, (ver Gil Vicente, Ed.70, 2008).
     Tais obras de ourivesaria, como as feitas por Gil Vicente, encomendavam-se aos artistas plásticos (ver Vasari). Mas mesmo aos pintores e escultores, ainda hoje desclassificados pelo sistema de ensino universitário em Portugal, se exige que tenham por mestres gente das "Letras". Uma aberração!  Esta é a mesma dificuldade em aceitar que Gil Vicente seja ao mesmo tempo ourives e autor dos Autos, e daí a invenção (que se quer manter) de duas ou mais, um plural de pessoas diferentes.
      Até porque se tivessem existido dois ou mais seria fácil de o demonstrar...

       
        O texto que se segue foi transcrito de: Auto da Alma de Gil Vicente, Erasmo, o Enquiridion e Júlio II, de Noémio Ramos, Pub. Agosto 2008 - isbn - 978-972-990004-4

    

Imagem do documento "assinado" por Belchior Vicente, colocando o nome do seu pai, Gil Vicente.

      Pois como nos diz Braamcamp Freire, se houvesse mais que um Gil Vicente seria obrigatório diferenciá-los, o que nunca aconteceu, foi um problema que nunca se colocou à Corte portuguesa, entenda-se também à tesouraria da Corte. Se alguém tem dúvidas, se alguém considera que poderia ter havido mais que um Gil Vicente, no mesmo momento histórico, no mesmo meio cultural, a frequentar os mesmos espaços e a conviver com as mesmas pessoas, e dois ou mais deles com o mesmo nome, serem pessoas fora do vulgar, para não utilizar o termo geniais, então esse alguém, se ainda existe, deve demonstrar isso com a respectiva documentação apropriada, e não vir colocar dúvidas boçais, tais como as que se colocaram noutros tempos, antes de Braamcamp Freire.
      Do mesmo modo, é preferível dizer que se desconhece o local de nascimento de Gil Vicente, a inventar, ou apresentar suposições, fruto de desejos provincianos, ou acreditar e mencionar quaisquer outras tretas sobre a sua origem. Porque, então, talvez fosse preferível e muito mais digno aceitar a palavra do autor dos autos, e, ainda que fosse de um modo figurativo, acreditarmos na autobiografia que nos deixou no Auto da Lusitânia.
[p.11]

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      Nos casos mais caricatos, [os opositores às demonstrações do investigador] limitam a sua opinião a contestar as hipóteses colocadas por Braamcamp Freire com preconceitos, alguns ridículos, como por exemplo: dizer que se ele tivesse sido ourives não se queixaria da falta de dinheiro. Não vale a pena dizer nada sobre isto, pois qualifica quem faz a afirmação. Mas a maioria é por não saber o que era um ourives nos séculos xv e xvi, relacionando o autor dos autos com os ourives actuais ou com os do século dezanove, para assim lhe inventarem um local de nascimento e até uma família! E o que é espantoso e lamentável, é que muitas das publicações ditas científicas, e sobretudo aquelas produzidas por organismos ligados à investigação, venham repetindo essas fantasias, assim como as afirmações ridículas que denunciámos, tomando-as e fornecendo-as ao público e a organismos internacionais, como hipóteses válidas!
[p.242]

      Podemos dizer (...), que podendo haver inúmeras pessoas com esse mesmo nome [Gil Vicente], e Braamcamp Freire encontrou alguns coetâneos, ou sensivelmente do mesmo tempo, já seria mais difícil, senão uma impossibilidade, que estivessem no mesmo lugar com idades muito próximas, convivendo com os mesmos outros, frequentando o mesmo meio social, e ainda mais no seio de uma elite, convivendo com a Corte portuguesa, e logo, todos eles pessoas de excepção, e não haver um único documento que os diferencie.
      Ora, assim sendo, se essas pessoas com o mesmo nome estivessem no mesmo lugar e ao mesmo tempo, perante tal meio social de elite, toda a documentação sobre essas pessoas embora pouca, deveria distinguir exactamente tais pessoas com outros apelidos, que de alguma forma as pudesse identificar com precisão. Não só a documentação, mas também as raras referências existentes! Logo, também o Garcia de Resende, muito em especial na sua Miscelânea, deveria ter distinguido com precisão o Gil Vicente ourives, do Gil Vicente do teatro, do pintor, do escultor, do alfaiate, do mestre de retórica, etc., pois todos eles seriam seus contemporâneos, e senão todos, a maior parte deles teriam convivido com ele na Corte, do início ao fim da sua vida.
      Pensamos que esta questão, se existisse, e houvesse que a resolver, então seria demonstrar que teriam sido pessoas distintas, o que seria fácil…
[p.243-244]

[ Belchior Vicente, filho de Gil Vicente ]   


       (...)
       E por fim, a questão de aparentemente surgirem duas assinaturas diferentes de Gil Vicente, duas grafias diferentes em documentos distanciados em cerca de vinte anos, deve ser esclarecida. E a argumentação de que durante esse tempo a grafia evolui, embora seja verdade, pode não ser um argumento de todo aceitável. Mas a verdade é que a resposta a isso, está no próprio documento, no recibo de 1535. Pois ficou então registado por Jorge de Figueiredo Correia, em anotação distanciada do texto do recibo, no fim da página do próprio documento:

8000 reais no tesouro a Gil Vicente de sua vistiaria deste ano de 35.       Por seu filho Belchior Vicente.

       Assim, depois de se ter lavrado um aparente recibo do pagamento a Gil Vicente, porque é a quem se está de facto a pagar, a adiantar por conta da quantia que anualmente tem a receber..., como é o seu filho Belchior que está a levantar o dinheiro, e a assinar pelo pai, logo houve o cuidado de o confirmar.
        Gil Vicente recebeu, mas a assinatura e o recebimento está a ser feito por seu filho Belchior Vicente, que o faz por seu pai, a quem se adiantam por conta desse ano, os oito mil reais. Assim, o seu filho Belchior só é mencionado na anotação de pé de página, com o texto que já transcrevemos, pois de resto, todo o documento se refere apenas a Gil Vicente. A anotação seria escusada se o documento tivesse sido assinado por Gil Vicente, porque o próprio texto da anotação corresponde ao que já estava escrito no corpo do documento, no próprio recibo. A verdade é que nunca foi dada grande atenção aos documentos, porquanto basta olhar para este para se constatar a anotação de pé de página, anotação que tem sido mal transcrita, porque transcrita antes do último parágrafo e da assinatura do recibo.

        De facto não se verifica a existência de duas grafias diferentes de Gil Vicente! Como se diz no documento, a referida quantia a adiantar a Gil Vicente, foi então recebida pelo seu filho Belchior, que na ausência do pai, além de receber a quantia, terá assinado o recibo, e, em vez de assinar o seu próprio nome, como hoje é norma (talvez o não fosse naquela época), assinou (ou imitou) o nome do seu pai, a quem de facto era adiantada a referida quantia. As respostas às contradições aparentes, nem sempre têm de ser complicadas, e, simplesmente por aquela razão, podem as assinaturas diferir.
[p.11-12]


    Consultar a autobiografia de Gil Vicente em 1502
...em Auto Pastoril Castelhano.
Gil Vicente por Joao de Barros


      Como não existe qualquer imagem do porte e figura de Gil Vicente, para o representar preferimos a figura criada há mais tempo, que foi colocada de forma destacada sobre o frontão do Teatro Nacional de Dona Maria II em Lisboa. 

   (E lamentamos a divulgação generalizada na internet de desenhos toscos da figura).

- Livros publicados no âmbito desta investigação, da autoria de Noémio Ramos:

(2019)  - Gil Vicente, Auto das Barcas, Inferno - Purgatório - Glória.
(2018)  - Sobre o Auto das Barcas de Gil Vicente, Inferno, ...a interpretação -1.
(2017)  - Gil Vicente, Aderência do Paço, ...da Arcádia ao Paço.
(2017)  - Gil Vicente, Frágua de Amor, ...a mercadoria de Amor.
(2017)  - Gil Vicente, Feira (das Graças), ...da Banca Alemã (Fugger).
(2017)  - Gil Vicente, Os Físicos, ...e os amores d'el-rei.
(2017)  - Gil Vicente, Vida do Paço, ...a educação da Infanta e o rei.
(2017)  - Gil Vicente, Pastoril Português, Os líderes na Arcádia.
(2017)  - Gil Vicente, Inês Pereira, As Comunidades de Castela.
(2017)  - Gil Vicente, Tragédia Dom Duardos, O príncipe estrangeiro.
(2015)  - Gil Vicente, Auto dos Quatro Tempos, Triunfo do Verão - Sagração dos Reis Católicos.
(2015)  - Gil Vicente, Auto dos Reis Magos, ...(festa) Cavalgada dos Reis.
(2014)  - Gil Vicente, Auto Pastoril Castelhano, A autobiografia em 1502.
(2013)  - Gil Vicente, Exortação da Guerra, da Fama ao Inferno, 1515.
(2012)  - Gil Vicente, Tragédia de Liberata, do Templo de Apolo à Divisa de Coimbra.
(2012)  - Gil Vicente, O Clérigo da Beira, o povo espoliado - em pelota.
(2010)  - Gil Vicente, Carta de Santarém, 1531 - Sobre o Auto da Índia.
             - Gil Vicente, O Velho da Horta, de Sibila Cassandra à "Tragédia da Sepultura" 
(2ª Edição, 2017)
(2010)  - Gil Vicente, O Velho da Horta, de Sibila Cassandra à "Tragédia da Sepultura".
(2010)  - Gil Vicente, Auto da Visitação. Sobre as origens.
(2008)  - Gil Vicente e Platão - Arte e Dialéctica, Íon de Platão.
             - Gil Vicente, Auto da Alma, Erasmo, o Enquiridion e Júlio II... 
(2ª Edição, 2012)
(2008)  - Auto da Alma de Gil Vicente, Erasmo, o Enquiridion e Júlio II...

- Outras publicações:
(2003) - Francês - Português, Dicionário do Tradutor. - Maria José Santos e A. Soares.
(2005) - Os Maios de Olhão e o Auto da Lusitânia de Gil Vicente. - Noémio Ramos.

  (c) 2008 - Sítio dedicado ao Teatro de Gil Vicente - actualizado com o progresso nas investigações.

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